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Capítulo 2: O Dia de Descanso da Haqua

Marui Yukie(solteira de 54 anos) era a vendedora da bebida Gokult.
O trabalho principal dela era vender Gokult fresco todos os dias para casas que pediam freqüentemente na área designada dela. De manhã, ela terminava o trabalho de casa e ia para o centro de distribuição. Então ela colocava o uniforme, punha o Gokult que tinha que entregar no carrinho e lentamente entregava suas mercadorias no caminho que tinha decidido.
Fora isso, um dos trabalhos mais importantes dela era conseguir novos clientes.
Para promover as mercadorias, ela decidiu deixar pessoas provarem um pouco dos produtos dela.
Como Yukie tinha muita confiança nos produtos da companhia, ela frequentemente conseguia entregar as bebidas para clientes que tinham provado, e nunca forçaria eles a comprá-las.
“Beba um pouco. É boa. Gostosa e saudável.”
Essa é a frase principal dela.
Ela se concentrava no sorriso e honestidade.
“Gokult faz bem para o corpo. O que eu recomendo não pode estar errado.”
E essa crença.
Na verdade, Yukie costumava ser mais impaciente e sair pra todos os lugares para tentar aumentar o número de clientes promovendo o que ela vendia. Porém, o corpo dela não aguentava mais isso, e os métodos dela tinham mudado.
Primeiro, ela nunca forçava outras pessoas a comprarem.
O salário de uma vendedora era baseado em comissão, então o salário total seria decidido através do número de Gokult entregues e o número de novos clientes. Porém, Yukie sentia que não precisava de muito dinheiro, e não se fixava demais no salário.
Não, na verdade, não era só isso. Ela até pediu que eles diminuíssem a área pra onde ela entregava.
Isso era para passar mais tempo em cada cliente e ganhar mais confiança deles. Por causa disso, o número de vendas dela não era mais tão impressionante quanto na época que ela era jovem (ela tinha ganhado o título de mais impressionante Srta Gokult do ano três vezes), mas ela ainda usava a personalidade e técnica de venda que tinha treinado com o passar dos anos para conseguir grandes vendas, e por 10 anos, não houve nenhuma reclamação dos clientes, nem qualquer problema.
E também, a área em que ela vendia ficava cada vez menor.
Com isso, dava para ver o quanto os clientes confiavam nela.
Então, para a Yukie.
“Desculpe, Marui-san.”
O supervisor da Gokult, que comandava o centro de distribuição, realmente confiava nela, e gostava dela.
“Se não for um problema, você quer usar isso? Eu não pedi para você ajudar depois do trabalho quando vieram empregados novos? Tem uma recompensa por isso. A companhia me deu alguns desses.”
“Oh.”
Yukie segurou o rosto.
“Isso seria um pouco-”
O supervisor entregou um par de ingressos para um parque temático pra ela.
“Goto-san sempre cuida de mim.”
Isso era verdade.
Como Yukie sempre ensinava novas vendedoras, o supervisor frequentemente dava para ela benefícios visíveis ou invisíveis.
“Hahaha.”
O supervisor coçou sua cabeça meio careca.
“Talvez seja difícil para Marui-san aceitar isso.”
Normalmente, para uma mulher da idade da Yukie, um par de ingressos para um parque temático não seria tão bom. Porém,
“...”
Yukie permaneceu em silêncio por algum tempo observando os ingressos.
“Posso mesmo ficar com eles?”
“Ah, você quer?”
“Sim.”
Yukie aceitou os ingressos e sorriu.
“Eu sei pra quem eu posso dar isso.”
Muita gente falava sobre Haqua du Lot Herminium.
“Haqua é realmente incrível! Ela era sempre a primeira na escola, todas às vezes! Eu me impressionava muito, a foice que ela tem é a prova de que ela era a número 1 da Academia Demônio, a 'Foice do Testamento'!”
Alguns, como Elsie, ficavam realmente impressionados com a habilidade dela.
Ou,
“Haqua-chan é uma garota muito boa.”
Eles a elogiavam com uma única frase, como a parceira dela, Yukie.
“Bonita, belo corpo (apesar dos peitos serem um pouco menores), uma estudante modelo com ótimas notas.”
Essa era a impressão básica que todos ao redor dela tinham.
A própria Haqua era um pouco arrogante.
Mas só o Keima,
“... Em muitos aspectos, essa pessoa é um pouco irritante.”
Os óculos dele brilhando enquanto ele suspirava e abaixava os ombros.
Hoje, Haqua irá mostrar aquele 'um pouco irritante em muitos aspectos' o quanto ela quiser...
“Eu não tenho outra escolha! Eu estou convidando você porque eu não tenho outra escolha!”
“Nya~”
“Não se engane!”
“Nya?”
“Na verdade, eu não quero ir para um lugar tão infantil! Mas a Yukie me forçou a isso... eh? Você está dizendo que eu devia jogar os ingressos fora?”
“Nya.”
“Co-como eu poderia fazer isso... não seria um desperdício muito grande?”
“Nya.”
“I-isso mesmo. Hã, então é isso... você vem?”
“...”
“V-você não vai vir?”
“...”
“Fale! Pelo menos responda!”
“Nya.”
“I-isso mesmo. Eu estou te convidando. Você virá, certo?”
Depois de um logo tempo.
“... Vo-você está feliz? Bem, você não vai se sentir irritado, certo?”
Haqua continuou a olhar para o gato que estava sentado na lixeira de plástico.
Aquele gato.
“...”
Depois de uma longa pausa silenciosa,
“Nya.”
Miou e deu de costas antes de subir na parede e sair sem olhar pra trás.
“...”
Depois de ver o gato ir embora, Haqua suspirou.
“O que eu estou fazendo? Praticando com um gato...”
Ela estava segurando dois ingressos para “Deanland”...
Tinha sido uma hora desde que Haqua tinha chegado à casa dos Katsuragi e decidido entrar. Os passantes olhavam para ela estranhamente, já que ela estava vestida com roupas estranhas e carregava uma foice, mas ela não se importava, e continuava a olhar para a casa do Keima, a “Cafeteria do Vovô”.
Com as mãos atrás das costas, ela continuou a andar de um lado para o outro diante da porta.
“Uu~”
Porém, ela não podia simplesmente continuar assim.
Ela tomou sua decisão e chutou o chão para flutuar antes de desaparecer do outro lado da parede.
O modo de voo dela era muito mais gracioso que o da Elsie, que também era um demônio.
Depois de entrar na casa, Haqua ajustou sua respiração.
Ela colocou os dedos na clavícula e sentiu o coração acelerar. Porém, como ela já tinha chegado até lá.
Não havia como voltar.
De fato.
“Nesse momento, a cada quinze dias, Elsie e a mãe do Keima saem pra fazer compras.”
Haqua já sabia que elas saíam pra comprar os suprimentos da cafeteria. Além disso, era claro que o Keima não saía durante os sábados e ficava em casa jogando. Isso era uma coisa que ela já sabia. O problema era a pequena chance de que o Keima teria saído para comprar jogos.
“Os jogos que ele comprou semana passada ainda não estão completos, então ele deve estar em casa hoje.”
Isso estava nas estimativas da Haqua.
Katsuragi Keima estaria em casa, sozinho.
Porém...
Haqua olhou a casa dos Katsuragi e virou a cabeça levemente.
“O que é isso?”
Ela estava muito preocupada. Havia coisas como alho, amuletos e cordas de palha espalhadas pelo lugar todo. O que estava acontecendo?
O que aconteceu durante o tempo que ela não estava lá para visitar?
Haqua andou por lá. Naquele momento, uma voz veio da sala de estar.
(“Keima! Keima!”)
Era uma voz muito infantil.
(Hm?)
Haqua ficou preocupada.
Aquilo parecia ser uma garota.
E devia ser uma garota desconhecida para ela, de quatro ou cinco anos. Quem poderia ser?
Keima não tinha nenhuma irmã mais nova.
Alguma filha de um dos parentes veio para brincar?
Na frente da sala de estar,
“O que foi, Tomomi?'
Ela podia até ouvir o Keima falando. Quando a Haqua estava prestes a segurar a maçaneta da porta e abri-la casualmente.
(“Eu quero beijar o Keima~”)
PAK!
Haqua ficou aturdida.
(Ah? Eh? O que foi que ela disse?)
Haqua estava parada lá, e não dava pra saber se ela estava sorrindo ou zangada.
Durante esse tempo, da sala de estar,
(“Eh? Keima. Que tal um beijo~?)
A voz aduladora da garota podia ser ouvida.
“Haa.”
E Keima suspirando.
(I-isso mesmo... se ela fosse só uma criança que amadureceu cedo demais, Keima estaria confortando ela...)
Logo quando Haqua estava pensando isso.
“Certo.”
Keima falou com o tom de um exibicionista que não se arrepende do que fez.
“Vamos nos beijar, Tomomi. Ninguém está em casa, afinal.”
(!)
No segundo seguinte, Haqua agiu subconscientemente.
“ESPERE UM SEGUNDO!”
Ela abriu a porta com um estrondo.
“VOCÊ NÃO PODE--!!”
E gritou.
“--!”
Na sala de estar,
Keima, que estava com o PFP bem perto do rosto parecia chocado quando se virou para olhar.
Era raro vê-lo arregalar os olhos desse jeito.
“Deixe-me esclarecer uma coisa.”
Os olhos do Keima brilharam.
“Tomomi pode ter um vocabulário muito pequeno, mas a verdadeira idade e aparência dela estão mais perto de 17-18. Ela se envolveu em um incidente onde ela foi abduzida por uma nave espacial e acabou em criostase, então a idade mental dela é diferente.”
“...”
Em contraste, Haqua.
“ISSO NÃO É IMPORTANTE!”
Não parecia feliz, e dobrava as pernas no sofá parecendo que tinha brigado, já que estava com os olhos estreitados.
“Deixe-me explicar mais. Beijar é só tocar o rosto levemente.”
Keima estava explicando atrás da Haqua.
“Esse método baixo de usar o amor da outra pessoa é eticamente e logicamente...”
“Eu disse que não é importante!”
Os olhos do Keima brilharam enquanto ele olhava para a Haqua através de seus óculos.
“Então eu vou continuar com o meu jogo.”
 Aí, ele levantou o PFP e aproximou os seus lábios.
“Tomomi...”
Haqua deixou seu corpo afundar no sofá, e então,
“EI! VOCÊ! VOCÊ NÃO TEM NENHUM SENSO DE VERGONHA?”
Ela gritou e deu as costas pra ele.
“Nojento! Absolutamente nojento!”
Ela levantou seu dedo branco e apontou ele para o Keima.
Keima arregalou os olhos e olhou para Haqua.
“Por que você está aqui?”
Ele perguntou.
“Mu.”
Haqua ficou em silêncio por um momento.
No jogo, a Compreensiva Observadora de Perigo (A ideia do jogo era de pessoas responsáveis por observar e prever órbitas de asteroides e outros perigos para os navios mercantes) Tomomi Maria Hart
(“Vamos, Keima, um beijo~?”)
Ela continuava a pedir.
“Por que você está aqui?”
Agora, essa seria a pergunta mais difícil para a Haqua responder.
“Uu.”
Ela tremeu.
“Uuu.”
Ela estava entrando em pânico. Até ela percebeu que o coração dela estava acelerado. Era difícil saber se isso seria só a imaginação dela, mas Haqua se sentia tonta.
“Bem.”
Nesse momento, os olhos do Keima ficaram mais afiados.
“Você.”
Aqueles olhos claros pareciam ver através de tudo.
“Não me diga.”
“C-cale a boca! O quê? O que foi? O que você quer dizer?”
“Não, nada.”
Ele disse isso.
“Provavelmente sou só eu.”
Logicamente para si mesmo.
“O que você está tentando dizer! Sério~!”
Haqua ficou um bom tempo em pânico.
“Be-bem, a Elsie não está em casa?”
Mesmo já sabendo a resposta, ela ainda fez essa pergunta. Keima não respondeu realmente.
“... Hm? Eu não sei.”
Ele apenas virou a cabeça.
“Está quieto hoje, então eu acho que ela não está em casa... provavelmente?”
“Caramba.”
Haqua se sentia um pouco fraca.
“Você devia pelo menos saber onde está a sua parceira!”
Keima pegou o pedaço de papel da mesa,
“'Kami-nii-sama! Eu saí pra comprar coisas junto com a okaa-sama. Tem curry que a okaa-sama cozinhou no microondas. Coma isso no almoço. '... é o que diz aqui.”
Ele recitou.
“Em outras palavras, parece que ela não está em casa.”
Keima murmurou sem parecer preocupado. Haqua suspirou levemente e falou de forma deliberada.
“Ah~ Isso seria um verdadeiro problema.”
“...”
Keima continuou o olhar para a Haqua.
“O que eu devo fazer? O ingresso que só pode ser usado hoje será desperdiçado.”
Ela deliberadamente tirou o ingresso do bolso e olhou para ele.
“Eu queria ir com a Elsie, mas ela não está.”
Ela falou, mas a voz dela não carregava a emoção apropriada, parecia atuação ruim.
“Realmente, eu queria ir com a Elsie... tem dois desses. Seria um desperdício eu ir sozinha.”
Ela olhou para o Keima secretamente.
Keima continuou a olhar para a Haqua.
Haqua estava entrando em pânico.
Ela rolou os olhos levemente.
Ela segurou o ingresso em frente ao peito dela,
“Que complicado.”
Agora que ela tinha falado de forma tão óbvia, Haqua achou que o Keima teria algum tipo de resposta.
“Tomomi...”
Inesperadamente, ele continuou a jogar o jogo.
No PFP.
(“Keima!”)
Tomomi, que tinha esperado pacientemente, falou.
Haqua desabou inadvertidamente no sofá.
“Ei!”
Ela quase explodiu de raiva, mas sentiu que tudo isso era inútil, então desabou fracamente, e o ingresso que ela tinha ganhado caiu no sofá. Em outras palavras, esse homem nunca tinha tido nenhum sentimento por ela. Ela sentiu isso definitivamente.
Ela estava cansada.
Ela se sentia muito cansada.
Keima olhou para Haqua, que estava olhando para ele, então ele olhou para o ingresso na mão dela.
Ele parecia estar pensando em alguma coisa, e então...
“... Haqua.”
Ele falou.
“O quê?”
Quase chorando, Haqua esfregou os olhos. ‘Sério... Eu não quero ficar incomodada por causa desse cara’.
Ela pensou.
Assim,
“Mesmo o Keima tendo perguntado de uma forma muito natural, Haqua não conseguiu entender”.
“Esse ingresso é para o parque temático perto do museu, não é... posso ir com você?”
EH?
EHHH?
Haqua não entendeu imediatamente. No momento seguinte,
Ela, que era muito orgulhosa e defensiva,
Esqueceu-se de como devia agir.
“Me-MESMO?”
Ela virou, segurou o sofá, e não pode deixar de gritar...
Ela estava extremamente alegre.
O sentimento triste que estava nela foi imediatamente dissipado.
Ela não pode deixar de sorrir.
Pensando sobre tudo mais tarde, Haqua se sentiu mal por causa disso.
Tal mal que ela não pode dormir naquela noite...
Algumas horas depois.
Os dois chegaram à frente da Dean Land, mostraram os ingressos e entraram.
Sozinhos.
Ela realmente conseguiu ficar sozinha com o Katsuragi Keima.
Haqua sentiu que isso era como um sonho.
O corpo dela estava quente, e ela estava sentindo ansiedade.
“Eu nunca pensei que viria num lugar como esse com você...”
Mesmo eu tendo trazido o ingresso pra ele, isso é muito estranho.
E o Keima,
“...”
Ele olhou para a Haqua.
“Você... está bem?”
Ele parecia sério. Haqua ficou tensa.
“Ma-mais ou menos. Nós não podemos desperdiçar esses ingressos afinal!”
E então, ela falou para esconder suas emoções. Ela parecia ter visto a pergunta do Keima,
“'Está tudo bem eu vir junto? Você queria vir com a Elsie, não é?'“
Ela parecia ter ouvido desse jeito.
Ao ouvir a resposta da Haqua, a expressão do Keima mostrou que ele estava pensando.
“... Eu não quis dizer isso.”
“F-falando nisso!”
Haqua mudou de assunto.
“Esse lugar é muito estranho... essa é a primeira vez que eu venho para um parque temático. Todos eles são assim?”
Falando francamente, a Dean Land era diferente de outros parques temáticos. O grande prédio tinha muitos locais de entretenimento como salões de boliche, karaokês e jogos em rede. A parte mais única era o cosplay.
Havia mais de 300 tipos de fantasias que o parque podia emprestar. Além de uniformes como enfermeiras e políticos, também havia roupas tradicionais, roupas de outros países, roupas de personagens de jogos e mangá, e até de brinquedos de pelúcia.
Por causa disso, havia coelhos de orelhas grandes, super-heróis, serventes de mini-saia e mágicos andando por lá.
É claro, Haqua não sabia que Keima e Elsie tinham vindo aqui pouco tempo antes para conquistar certa garota. Naquela ocasião, Keima fez um cosplay de príncipe.
“Cosplay... onde você usa todos os tipos de fantasias e se diverte?”
Haqua olhou ao redor e percebeu uma coisa enquanto assentia.
(Todos parecem felizes...)
Será que nós devíamos estar usando essas roupas?
“O que você acha?”
Ela virou,
“Hm?”
E franziu o cenho, pois Keima tinha sumido.
Haqua olhou ao redor, e viu Keima com as mãos na cintura, SWOOSH, fugindo da Haqua.
“Espere!”
Haqua o perseguiu. Na verdade, Keima não estava correndo, mas ele ainda se movia numa velocidade inacreditável enquanto escalava facilmente a escadaria apesar dela estar lotada.
“Eh?”
O que está havendo?
Será que ele enlouqueceu?
“E-espere!”
Porém, Keima não tinha intenção de se virar, mas subiu para o segundo andar, o terceiro e até a praça de atividades no telhado.
“... Entendi.”
Haqua limpou o suor na testa e suspirou abaixando os ombros.
Ela finalmente tinha entendido.
Por que o Keima tinha vindo pra cá.
Por que o Keima aceitaria o convite da Haqua.
Porque, bem ali.
“Exibição de Galges.”
Essas palavras estavam escritas em uma placa enquanto multidões de pessoas estavam se movendo em direção a exibição. Naquele momento, Keima já tinha adentrado a multidão como um peixe entrando na água.
“Oh! É a reedição de <Nya~Nyan nyan>.”
Ou,
“Hm... o serviço de suporte da 'MassiveSoft' ainda é bem rápido.”
Ele murmurava enquanto passava pelos stands. Parecia que os distribuidores de galges tinham se estabelecido nesse andar.
Primeiro apareceu uma sacola na mão direita do Keima, depois na esquerda, e então, logo, os jogos começaram a se multiplicar. Era como magia. Mesmo não sendo rápido demais para ver a olho nu, o jeito que o Keima comprava tão rápido e de forma tão fluida não era algo que uma pessoa normal pudesse fazer.
“...”
Haqua entreabriu os olhos.
Primeiro, ela começou a se sentir fraca,
Depois, um pouco zangada.
Porém,
“Oh~!”
Ou,
“Un.”
Ao ver os olhos do Keima brilharem enquanto ele corria pelos stands, a raiva dentro dela sumiu.
Haqua sorriu.
E então, ela se sentiu relaxada por alguma razão.
(Esse cara.)
Ela sentia que o Keima era muito estúpido.
Porém-
Parecia que ele realmente gostava dessas coisas.
Keima nunca esconderia esse desejo ao qual ele era sempre leal.
Nesse caso eu também posso...
Haqua sorriu.
“Fu!”
Keima terminou de comprar suas coisas (como ele foi bem rápido, acabou em menos de 30 minutos), e parecia realmente satisfeito. Naquele momento, Haqua o chamou.
Ela deu a ele um olhar brincalhão.
“Parece que você se divertiu muito aí.”
“Uu.”
Parecia que o Keima, que deixou a Haqua de lado... de certa forma, até usou ela para vir para essa Dean Land, se sentia um pouco culpado.
Haqua disse,
“Nesse caso.”
Ela dobrou os braços e sorriu,
“Agora é a hora de se divertir comigo!”
Keima ficou tão chocado que ele arregalou os olhos.
Haqua se atreveu a se soltar completamente. Ela deixou todos os jogos que o Keima tinha comprado no armário de estoque da Dean Land.
“Vamos trocar de roupa também!”
E trouxe Keima para o balcão principal. Keima a seguiu silenciosamente.
“... Você não acha isso repugnante ou algo assim?”
Naquele momento, ele perguntou. E Haqua respondeu,
“Isso se chama cosplay, não é? E pensar que os humanos inventariam algo tão divertido.”
“... O jeito que você e a Elsie se vestem normalmente também poderia ser considerado uma forma disso.”
Haqua não ouviu.
“Aqui, coloque isso.”
Ela apontou para a fantasia de um ladrão tradicional (uma toalha de rosto, uma placa falsa e um pano de embornal), e ela...
“Eu quero isso!”
Apontou para um uniforme de policial.
“Ugh.”
Keima não parecia feliz.
Em pensar que a fantasia de policial teria até algemas. Haqua prendeu Keima nas algemas e andou com ele pelo parque.
Várias crianças riram do Keima.
Como Keima tinha deixado Haqua para trás e só se importado em comprar jogos, parecia que ela queria usar essa chance para se vingar.
“Ei! Já chega, não é?”
Ao ouvir o protesto do Keima, e sentindo que já havia rido o bastante, Haqua tirou as algemas,
“Então vamos jogar esse tal de boliche!”
E saiu andando.
Keima suspirou e seguiu ela.
Eles empataram. Apesar de Haqua ser uma atleta muito boa, essa foi a primeira vez que ela jogou boliche, então ela não conseguiu fazer tudo o que podia.
Por outro lado, como isso não tinha nada a ver com conquistar garotas, Keima não pode utilizar sua habilidade total. Não, ao invés disso, ele não quis usá-la, e eles terminaram com uma vitória e uma derrota cada.
Depois da Haqua se divertir,
“Vamos jogar outra coisa!”
“Sim sim.”
Keima pareceu ter desistido. Como essa era uma ocasião rara, os dois voltaram para o balcão e trocaram de roupa. Haqua virou uma princesa, e Keima era um cavaleiro (com armadura feita de materiais leves).
Parecia que Haqua tinha um lado que era uma garota normal.
Ela estava usando roupas luxuosas e virava a cabeça levemente. Haqua já era elegante, e o vestido branco-leite ficava muito bem nela.
“Vamos lá!”
Haqua apontou para frente e marchou.
“...”
Keima sorriu levemente, colocou sua espada falsa na frente de seu peito e se curvou levemente.
A habilidade do Keima no fliperama surpreendeu a Haqua. Então, ela passou pela casa assombrada timidamente. Durante esse tempo, os dois comeram carneiro grelhado no palito antes de trocarem de roupa pra uma ninja e um samurai e irem para a área de adivinhação.
Naquele momento,
“É essa! Eu estava curiosa a respeito disso desde que entrei!”
Haqua correu para a entrada da montanha russa. A montanha russa era a parte mais famosa da Dean Land, e os trilhos passavam através do prédio inteiro. Uma parte do prédio era vazia para deixar a montanha russa se mover por lá.
“Vamos!”
Haqua correu animadamente.
Naquele momento.
“...”
Keima, que só falava ocasionalmente, subitamente pegou a mão dela por trás. Haqua ficou chocada.
“O que foi?”
Ela parecia completamente surpresa quando olhou para trás.
E o rosto dela estava vermelho.
“Eh? O que foi? Ou, Katsuragi?”
Keima parecia estar pensando em alguma coisa e gradualmente levantou a mão branca de Haqua para o rosto dela.
“Kya! Vo-você não pode. Idiota!”
“Não.”
“Eu, eu não disse não?”
Naquele momento, a outra mão do Keima se aproximou do rosto da Haqua. Ela não pode evitar,
“Não... eu... disse...”
Ela não pode deixar de fechar os olhos.
Ela congelou, esperando a próxima coisa acontecer.
Então, a mão do Keima foi colocada na testa dela, e ele falou gentilmente,
“Eu já sabia que algo não estava certo. Parece que você está com febre. Você não pode andar na montanha-russa desse jeito. Vamos pra casa. Eu vou pedir pra Elsie cuidar de você.”
“Eh?”
Haqua arregalou os olhos.
Naquele momento.


 “!”
Ela perdeu o equilíbrio.
A visão da Hakua escureceu, e ela perdeu a consciência...
“Des... culpa...”
Haqua deixou o Keima carregar ela nas costas enquanto ela pedia desculpas tristemente. Naquele ponto, os dois já tinham colocado suas roupas normais de volta e saído da Dean Land.
Eles iam ter que gastar muito dinheiro, mas decidiram pegar um táxi de volta para a casa Katsuragi. Enquanto andava para a parada de táxi, Keima não pode aguentar ver a Haqua tropeçando e decidiu carregar ela.
“Desculpe Katsuragi.”
Haqua continuou a pedir desculpas com uma voz anormalmente gentil.
Não importava quão animada ela estava, a graciosa e altamente disciplinada Haqua deveria ter percebido que ela não estava se sentindo bem.
E dessa vez, ela até causou problemas para o Keima. Ela definitivamente ficaria infeliz com isso.
Keima suspirou.
“Da próxima vez que você pedir desculpas, eu vou te deixar aqui.”
“Desculpe...”
“Eu fui para a exibição, então não foi tempo perdido. Eu não me incomodo com isso.”
“...Un.”
Porém esse cara era realmente incrível.
Haqua ficou impressionada com ele. Ele até percebeu que ela tinha escondido a própria doença subconscientemente e se preocupou com ela.
“... He~heh.”
Ela disse teimosamente,
“Eu realmente quero andar na montanha russa.”
“...”
Keima não mostrou uma expressão feia, então ele já devia saber como responder isso. Ele frequentemente entendia o coração subconscientemente.
Então,
“Heheh, eu realmente queria andar na montanha-russa.”
“u.”
“Eu realmente queria andar nela.”
“Uu.”
“Então, Katsuragi?”
E então,
“Bem, se houver mais vendar de jogos clássicos, eu posso pensar nisso.”
Ele disse isso de uma maneira indireta.
Ao ouvir o que o Keima tinha dito em seu próprio estilo,
“...”
Haqua estreitou os olhos levemente, e então,
“Un.”
Segurou o colarinho do Keima com força, e inclinou seu corpo pra frente com toda a honestidade que ela nunca tinha mostrado antes,
“Obrigado.”
Haqua descansou um pouco na casa Katuragi, recusou a ideia da Elsie de passar a noite lá, e voltou para a casa da Yukie naquela noite.
Apesar de estar realmente relutante e estar mesmo com febre, mesmo assim, Haqua ainda voltou para passar essa mesma palavra para a Yukie.
A palavra era,
“Obrigado.”
Tudo isso pelo trabalho duro da Yukie em arranjar aquilo. 

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